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12 Janeiro 2016

12 de Janeiro e o vento parou

Estamos sozinhas. Durmo inquieta porque hoje era um grande dia: Assinatura de um contrato, e a muito desejada finalização da piscina. Esperávamos um camião de água, uma limpeza e um motor. Do meu lado está tudo tratado, dos outros lados tudo falha.

♫ Love don’t give no compensation, love don’t pay no bills
Love don’t give no indication, love just won’t stand still

O contrato foi adiado para amanhã. E o pessoal da obras não apareceu pelo que a piscina mantém-se um pântano verde com 5 ou 10 cms de água, que atrai vários insectos. Mordem-nos, magoa, procuramos no google por bichos esquisitos que não conhecemos e ficamos sem saber se corremos algum risco.

Faltam-nos legumes, enchemo-nos de bálsamos para cuidar das babas e vamos tratar das compras que nos vão fazer voltar à alimentação saudável, feita em casa.

Soy el mar caribe que vigila las casitas
Haciendo rituales de agua bendita ♫
 

O tempo passa devagar e pensa-se pouco nisso – como diz a Caroline, os portugueses atrasam-se 15 minutos e os Norte Americanos adiantam-se outros tantos. Sem planeamento, este relogio corre-nos nas veias – o motorista do uber fica mais tempo à espera à porta do supermercado, do que o que prometemos. Também ele não se importa, antes esperar e ganhar, do que andar na estrada.

♫ O que é que foi? O que é que tens? O que que se passa?
O que é que te dói?

O mesmo senhor que nos salvou do Dragão vai ser o nosso jardineiro, numa negociação feita com a Selly ao telefone (a nossa amiga que também o sugeriu) e que ía ajudando e traduzindo a nossa conversa. A mulher do jardineiro veio com ele e gostou das árvores. Diz que tudo se come, e diz de uma forma tão feliz e inocente que eu sei que também vou gostar delas depois de tratadas.

E tu bem sabes como o tempo foge
Mas nada fazes para o agarrar ♫

Nada se perdeu, tudo  que era para hoje é para amanhã e já temos muitos legumes cortados, lavados e prontos a usar como se estivéssemos na nossa vidinha em Lisboa. E colunas, também temos as nossas colunas ligadas, a tocar bem alto!! E as cortinas quase a chegar. Parece que não avança?? Está quase!

Ela quis viver e o mundo correr ♫
prometeu voltar se o vento mudar
Correio
Marta Gonzaga
Maria Gonzaga
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