3 Março 2016
Ai Portugal, o que eu te fazia
Hoje comia-te um arroz de polvo, e bebia-te vinho a copo, arrependida por não ter pedido antes a garrafa.
Levava-te a Monsaraz e passeava com a mesma alegria de quem te descobre, apesar de conhecer as tuas duas ruas e todas as pequenas travessas.
Mas primeiro passeava-te no rio Tejo, no troço que vai de Belém a Santos. Parava mil vezes porque às vezes as amigas enquanto passeiam precisam de o fazer para explicar melhor o que contam.
Dirigia-te para o Porto para visitares comigo todos os meus amigos de quem não tive tempo de me despedir. A que restaurantes vamos desta vez? Isso terias de ser tu a dizer-me.
Fazia-te Verão mais cedo e banhava-me na praia de Centianes, num verão tão quente como o 15 de Agosto de 2013. Mas desta vez escolhia melhor, e a tempo, o hotel.
Voltava para Lisboa, deixava-te à porta da casa da minha mãe e jantava três dias seguidos, que os nossos jantares são sempre para repetir.
E depois, não levava nada disto muito a sério, porque os piropos são desabafos de quem não quer ou não pode mesmo fazer nada e ía-me embora outra vez.
Na Festa das Flores Campo Maior 2015 Fotografia tirada pela Rita Nabeiro