Estávamos nós num cais, numa longa espera do barco que nos iria levar de Lombock de volta para Bali quando chegaram duas mulheres que se sentaram ao nosso lado.
Começámos a trocar cromos de viagens e comentei que alguns dos destinos eram caros para mim. Uma delas, uma professora alemã, falou de umas plataformas que promovem a troca de estadia e alimentação por algumas horas de trabalho diário.
Espreitei os sites, gostei da ideia, mas não era o tempo. Não enquanto andasse de viagem com a minha filha.
Há umas semanas, com a cabeça às voltas, e sem vontade nenhuma de deixar crescer raízes por baixo dos meus pés, quando ainda sinto tudo tão parado à minha volta, fui outra vez explorar. É mesmo o que preciso porque não tenho intenção de ser turista. Quero chegar aos sitios integrada, com um objectivo e uma ocupação mas sem compromissos longos.
Parto mais despojada do que nunca, para fazer os trabalhos mais simples, mas que por agora são os que me permitem estar livre e sem preocupações.